Acho que nunca irá chegar,
O dia em que os humilhados,
Finalmente serão os exaltados,
Estou exausto, muito cansado.
Para todo lado que olho,
Sempre tenho que fazer mais.
Fazer a mais que todos.
Ser o forte, o absoluto,
O imbatível, o astuto.
Será que já é hora de parar?
O que é meu irá mesmo chegar?
São tantas as perguntas,
E nenhuma resposta exata.
Cadê a porta larga?
Que disseram que eu ia passar...
Não sei em que manter foco
Pois para todo lugar que olho,
Sinto vontade de chorar.
Eu sou refém dos desejos
Que o meu antigo eu fez,
Achando que seria bom,
A quem pertence o amanhã?
Se o que eu quero agora
Não serei eu a desfrutar
E parece que de novo irei errar
Mas aqui não posso parar
Preciso continuar a caminhada
Sem talvez me importar
Com os desvios da estrada!