Versões de mim que não existem mais,
Versões de mim que ficaram para trás.
Foram necessárias pra me trazer até aqui,
Mas esse peso, não preciso mais carregar.
O peso da bagagem irá até onde eu deixar.
O tempo que parecia ser meu grande aliado,
Agora parece que não sabe de qual lado está.
E o peso aos poucos vou deixando de carregar.
Ao fim da enchente a água vai ficando limpa,
Levando a barrenta e trazendo a mais límpida.
Até a próxima enxurrada cair e de novo inundar.
E assim vai seguindo a constante lei da vida.
Versões de mim se foram e talvez outras virão,
Nessa viagem o trem sempre para na estação.
E quando nela eu descer talvez eu venha a saber,
Que serei o melhor de todas as minhas versões.