Tudo mudou quando um vírus terrível assolou a humanidade, mais rápido que o vento ia tirando a vida sem fazer distinção de cor, credo ou raça. Todos que não respeitavam as normas iam embora sem esperar. O vírus atacava um órgão vital, o pulmão, e ia dando o seu recado. Precisávamos mudar, precisávamos nos adaptar, precisávamos reaprender, reaprender a amar. Amar ao próximo, amar a natureza, amar. Somente amar! Essa era a lição que sempre esteve embaixo dos nossos narizes e não conseguíamos respirar. Um novo tempo chegou, quem não estava preparado capotou. A ansiedade, a depressão só aumentavam por ainda não entendermos e nem percebermos que tudo estava diferente, o normal jamais voltaria, pois este que um dia foi fundamental agora não mais servia. O ego, a mesquinharia, a arrogância, a ganância não tem mais espaço aqui. O crepúsculo que aterrorizava o dia anterior se dissipou com o alvorecer do novo dia. Que as mortes sejam o símbolo que represente o novo, pois todo ciclo deve ser encerrado para que um novo possa acontecer. A esperança sempre estará presente, pois essa é o sopro que precisávamos para aprender a amar e continuarmos lutando, aprendendo, caindo e levantando e entendendo que o sopro da esperança aparece como uma criança, que no seu sorriso sem maldade dança.
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